Segundo o ministério, em todo o mundo, são registrados 100 milhões de caso da doença por ano. De acordo com os dados divulgados nesta quinta, em 20 estados e no Distrito Federal o número de infecções diminuiu. O Rio de Janeiro, com uma redução de 95,9% foi o estado que registrou o maior recuo da doença: eram 250.220 casos até agosto de 2008 e agora são 10.365 ocorrências nesse mesmo período.
O balanço parcial também revela uma redução de 63,2% no número de mortes em decorrência da dengue. Até agosto deste ano, foram 166 óbitos, contra 451 mortes do ano passado. Já o número de casos graves da doença também registrou uma queda de 79,2%. Eram 20.579 ocorrências em 2008 e passaram 4.281 neste ano.
Área de risco
Apesar disso, em cinco estados, o número de infecções pela doença cresceu de maneira preocupante em seis estados: Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A Bahia registrou 33.541 infectados, em 2008. Neste ano, já são 101.676 ocorrências. O Acre, que tinha 2.141 casos até agosto do ano passado, neste ano já soma 18.106 infecções. No Mato Grosso, a doença a avançou de 10.504 para 35.501 casos. No Mato Grosso do Sul, eram 4.065 infecções, em 2008, e agora já são 12.441 ocorrências.
O Espírito Santo tinha 33.403 casos e agora tem 50.482 registros, enquanto o Amapá registrou crescimento de 1.498 para 2.635 casos. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, argumenta que o aumento no número de ocorrências da doença nesses estados já era previsto pelo ministério em 2008. “Esses estados são considerados área de risco da dengue, com presença significativa do vetor da doença”, explica Temporão.
O ministro avalia que a troca de governos ocorrida com as eleições municipais de 2008 também prejudicou a estratégia de combate à doença nesses estados. “Há o risco adicional do período eleitoral. Gestores que perderam as eleições podem ter relaxado no combate à doença”, justifica Temporão. Temporão ainda lembra que os governos estaduais também têm responsabilidade pelo aumento dos casos: “É claro que os governos estaduais têm responsabilidade por esse quadro, mas o ministério está atuando para auxiliar os gestores no combate à doença.”
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