sexta-feira, 2 de julho de 2010

Baianos comemoram Dois de Julho mesmo sob chuva.

Mesmo sob uma chuva insistente, o tradicional Cortejo de 2 de Julho levou uma multidão às ruas de Salvador na manhã desta sexta-feira (2). Há 187 anos, a vitória histórica da nação brasileira contra o domínio estrangeiro é comemorada em toda a Bahia.
Do Largo da Lapinha até o Pelourinho, crianças, jovens e adultos, com bandeiras da Bahia e verde-amarelas, cornetas, entre outros adereços, saíram à frente de suas casas para saudar o caboclo e a cabocla, representando os forças que lutaram pela independência baiana. Para muitos historiadores, a vitória também representa a redenção brasileira.

A chuva não comprometeu a programação. Após hasteamento das bandeiras, a homenagem ao general francês Labatut, responsável pela reestruturação e liderança das tropas em 1823. Em seguida, começou o cortejo cívico.

Civismo contagiante

A cada esquina, a população e as lideranças políticas baianas, entre elas o governador Jaques Wagner, eram surpreendidos por apresentações diferentes. Famílias decoraram as fachadas de suas casas. Crianças se fantasiaram de “caboclinhos”.

O governador e a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça, fizeram questão de parar na Escadaria do Paço para assistir a uma breve apresentação de crianças e adolescentes do Grêmio Recreativo Cultural Tomalira. “Trazer esses jovens para a cultura é a saída que evita o contato com as drogas”, comentou Fátima.

O Hino ao 2 de Julho foi sancionado pelo governo estadual como canto oficial da Bahia. O governador Jaques Wagner explica a iniciativa. “Nós não tínhamos um hino oficial do Estado. Cantávamos o Hino ao Bonfim, que é um hino religioso, que está em nossos corações. Mas o hino tem que passar pela aprovação do Legislativo. A nossa ideia de tornar o Hino ao 2 de Julho como oficial da Bahia é porque acreditamos que não há nada mais forte no coração dos baianos do que a luta de 1823 que nos fez independente”, completa.

Cultura contra as drogas

Num estado musical como a Bahia, as manifestações não poderiam ser mais sonoras. O regente Balduino Fernandes lidera a Fanfarra da Escola Teodoro Sampaio, do bairro Santa Cruz, região do Nordeste de Amaralina. Para o educador, a preparação dos alunos para o evento é uma forma de retirá-los da marginalidade social. “A apresentação dos nossos jovens aqui é fruto da realização de um trabalho de ocupação desses jovens. Evitamos o contato deles com o mundo do tráfico”.

O cortejo na capital é considerado bem imaterial do Estado. Munida do seu guarda-chuvas, a pedagoga Gisleine Guimarães é baiana de Senhor do Bonfim. Uma das mais animadas, ela vive em Salvador há 29 anos e nunca havia participado dos festejos. “É tudo muito bonito e alegre. É uma festa do povo de paz reinante. Vou completar 50 anos e tinha esse sonho que foi realizado hoje”, declara.

Artistas anônimos e famosos não se inibiram com o tempo chuvoso e saíram às ruas para celebrar a liberdade brasileira. A cantora Sarajane, que lidera uma campanha voluntária contra o uso do crack, fez questão de cumprimentar o governador. “Eu fico emocionada, porque deveria ser feriado nacional. Sempre me emociono com essa data porque sei da importância dela. Esse também é um momento de fazer nossas manifestações. Estamos aqui defendendo nossos jovens contra o crack”, completa.

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