O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (29), em discurso em Porto Alegre ao lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, que a direita “tenta dar golpes a cada 24 horas” e que os dois mandatos de seu governo foram repletos de “provocações, ataques e infâmia”.
“A esquerda pensa que sabe fazer oposição, que sabe fazer barulho. Mas foi no governo que nós aprendemos que a esquerda faz oposição, a direita tenta dar golpes a cada 24 horas nesse país para não permitir que as forças que governassem esse país da forma democrática como governamos pudessem continuar nesse país”, afirmou.
O presidente disse que viveu momentos de crise no governo e que Dilma não "pestanejou" em nenhum momento. "A gente conhece quando uma pessoa é leal pelos olhos", elogiou. Ele voltou a dizer que as mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho e acabaram com preconceitos e pediu "uma chance à maioria".
Lula também pediu votos para o ex-ministro Tarso Genro (PT), candidato ao governo do estado, e para os candidatos a senador na chapa, Paulo Paim (PT) e Abgail Pereira (PC do B). Disse ao público presente ao estádio onde foi realizado o comício que é importante eleger parlamentares da base aliada. "Senão será muito difícil governar o Brasil. Não quero que a Dilma passe pelo que eu passei."
'Embrião' da campanha
Ao fim do discurso de 35 minutos, Lula mandou um recado à oposição. Sem citar nomes, disse que seus adversários estão “estão fazendo tudo para não permitir” que ele “apareça na televisão” pedindo votos para a candidata petista.
“Agora, eles vão ter que ver muitas vezes a minha cara na televisão pedindo voto pra minha companheira Dilma Rousseff. E vão ver muitas vezes a minha cara na televisão pedindo voto para o companheiro Tarso Genro pra governador do Rio Grande do Sul. Quero lembrar a vocês que isso que nós fizemos aqui é apenas um embrião de uma campanha. A campanha está começando agora. Vai ter muitos comícios, vai ter muitos atos, vai ter muito programa de televisão”, avisou.
O presidente já participou de comícios com Dilma no Rio de Janeiro e em Garanhuns (PE).
Dilma critica oposição
Dilma discursou antes de Lula e também fez ataques à oposição. “Eles têm duas caras: uma nas eleições, outra na hora de governar. Porque, quando chega a hora de governar, eles governam não para todos os brasileiros, mas para apenas um terço da nossa população”, afirmou.
A candidata do PT citou dois programas do governo, o ProUni e o Bolsa Família, como exemplo. “Muitas vezes, eles chamaram o Bolsa Família de bolsa esmola. Durante o período eleitoral, eles, que quando governam diminuem a transferência de renda para os mais pobres, quando chega a eleição, dizem que vão dobrar, multiplicar o Bolsa Família.”
Em outro momento, a candidata do PT afirmou que o Brasil está “preparadíssimo” para ter uma mulher na Presidência e que isso não se deve às “heroínas” do país, mas sim às “mulheres anônimas”.
“As mulheres que cuidam das suas casas, dos seus lares, que apoiam seus filhos, que saem das suas casas para o mundo do trabalho (...) são mulheres trabalhadoras, lutadoras e guerreiras. É por causa delas que eu posso ser a primeira presidente da República.”
Dilma afirmou ainda que, assim como já disse o presidente Lula em relação ao governo dele, não poderá errar se for eleita. “Porque as mulheres desse país têm que seguir tendo como uma de suas oportunidades ser presidente da República”.
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