Um esquema de sonegação de impostos pode ter provocado um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos. Vinte e quatro pessoas foram presas, entre elas nove policiais militares. A operação especial foi realizada em 10 cidades da Bahia e em uma de Sergipe.
Em Irará, a 128 Km de Salvador, dois supermercados e dois galpões com mercadorias sem nota fiscal, foram fechados, mas o dono não foi encontrado.
Em Itabuna, no sul da Bahia, a polícia prendeu um empresário do ramo de alimentos da empresa Padim e recolheu documentos e computadores.
Em Salvador, a operação batizada de Cara Cará começou em uma empresa no bairro de Valéria. Também foram apreendidos computadores e documentos, além da prisão de cinco empresários.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas cidades de Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Riachão do Jacuípe, Alagoinhas, Jequié, Poções e Itabaiana, em Sergipe.
A maioria das 24 prisões da operação que mobilizou as polícias civil e militar, além de representantes do Ministério Público e da Secretaria da Fazenda, foi em Vitória da Conquista. Entre os 16 detidos na cidade do sudoeste do estado estão empresários, uma funcionária pública e policiais militares que trabalhavam no posto de fiscalização Benito Gama, na BR-116.
De acordo com as investigações, a principal etapa do esquema criminoso acontecia nos postos de fiscalização, quando os motoristas dos caminhões que transportavam as mercadorias dos empresários que não pagam o imposto não entregavam o documento aos funcionários, que também participavam do esquema. O mesmo acontecia em um outro posto de fiscalização, na divisa entre Bahia e Espírito Santo.
Por dia, 50 carretas passavam sem fiscalização, com isso o estado deixava de receber R$ 27 milhões por mês. Como o crime já vinha ocorrendo há cinco anos, a estimativa é de um prejuízo aos cofres públicos seja de R$ 1,6 bi.
“Eles cometeram uma série de crimes para praticar o crime maior que é o de sonegação fiscal”, pontua Sólon Dias, promotor de justiça.
Os presos vão responder por sonegação fiscal, evasão de divisas e corrupção. Os policiais militares tiveram a prisão preventiva e foram encaminhados ao Centro de Custódia da PM, em Lauro de Freitas, na região metropolitana.
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