Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta quarta-feira desmontou uma rede internacional de tráfico de drogas formada por brasileiros, colombianos, bolivianos e europeus que tinha São Paulo como base de operações.
No total, 50 mandados de prisão foram emitidos nesta terça-feira. Com eles, 22 pessoas foram detidas, sendo que outras 20 já estavam encarceradas. Um suspeito brasileiro está foragido, enquanto outros sete estrangeiros estão na lista da Interpol.
A Operação Deserto, como é chamada pela PF, ocorre depois de um ano e meio de investigações. Neste período, foram apreendidos 2,3 toneladas de cocaína, produtos químicos e equipamentos usados no refino da droga, armas, munições, 10 granadas antitanque, dois aviões, 33 veículos e aproximadamente R$ 500 mil em dinheiro.
Segundo a PF, a quadrilha recebia a droga escondida em aviões que pousavam no Brasil em pistas de pouso clandestinas. Os principais destinos da cocaína eram a África e a Europa, enquanto uma parte menor da droga era distribuída dentro do Brasil.
A rede era formada por quatro células independentes, chefiadas por dois irmãos colombianos que moravam em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). De acordo com a PF, uma das células era comandada por um assessor parlamentar residente em São José do Rio Preto (SP).
A PF informa que, somente nos últimos dez meses, o bando movimentou aproximadamente R$ 28 milhões.
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