segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Salvador (BA) • Famílias ainda buscam compreender morte de garotas decapitadas.

Duas mães choram indignadas em Salvador. As filhas, ainda adolescentes, foram decapitadas depois que fugiram de casa para se encontrar com pessoas que teriam conhecido na internet.

Dois dias depois da tragédia, os parentes ainda procuram entender o que aconteceu. Janaína Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, de 13, amigas e vizinhas no Engenho Velho de Brotas, passavam horas na internet conversando com outras pessoas.

As adolescentes usavam um dos sites de relacionamento mais populares no país. No perfil de Janaína ainda há centenas de recados de amigos, mas D. Ana acredita que a filha apagou algumas mensagens antes de fugir de casa junto com Gabriela na quarta-feira passada.

Janaína deixou um bilhete dizendo que a família não se preocupasse, pois ela ficaria bem. A mãe está convencida de que a filha foi ao encontro de alguém que conheceu na internet.

“Foi iludida a minha filha, foi enganada mesmo pela internet. Tanto que ela saiu daqui e alguém já estava esperando para levar elas para esse local”, imagina Ana Luiza Bassalo, mãe de Janaína.

A família de Gabriela também não sabia com quem a menina se relacionava na internet. Assim como os pais de Janaína, eles também receberam pedidos de resgate entre quinta e sexta-feira da semana passada. Um homem teria exigido R$ 50 mil em troca da liberdade das duas.

“Eu ouvi os caras tomarem o celular da mão dela, xingaram e desligaram a ligação e eu não ouvi mais nada”, relata Flávia Alves, mãe de Gabriela.

Histórias como a de Janaína e Gabriela, que começam num bate-papo aparentemente inocente no computador, são muito comuns, apesar de a maioria não terminar em tragédia. Uma pesquisa recente encomendada por uma multinacional da internet constatou que no Brasil 83% dos adolescentes trocam informações com desconhecidos na rede. Para evitar o pior, especialistas em internet recomendam aos pais toda a atenção possível.

“Navegar junto com os filhos, informá-los sempre que não podem divulgar detalhes como endereço, telefone, celular, não aceitar convites de pessoas estranhas para se encontrar pessoalmente, quando isso acontece infelizmente pode ser um aliciador, um sequestrador e ter o pior dos fins”, orienta Rodrigo Nejm, especialista em internet.

Testemunhas contaram que viram as meninas circulando no bairro do IAPI antes de serem mortas. A polícia acredita que elas foram aliciadas por uma outra jovem que está sendo procurada.

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