O coronel de relações públicas da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Henrique Lima Castro informou que, desde o último domingo (21) quando começou a série de ataques na região metropolitana fluminense, pelo menos 21 pessoas morreram e 29 veículos foram incendiados. Desde segunda-feira (22), 153 suspeitos foram detidos ou presos.
Só nesta quarta-feira (24), foram 25 presos, 14 mortos e dois policiais militares feridos - um no braço e outro na mão. Ao todo, 13 armas de pequeno porte (revólveres e pistolas) foram recolhidos, além de dois fuzis, uma espingarda calibre 12, uma submetralhadora, uma granada, duas bombas de fabricação caseira, além de dois galões com cinco litros de gasolina. Foram recuperados quatro carros e uma moto. Na Vila Cruzeiro, na Penha, na zona norte, foi apreendida cerca de uma tonelada de maconha.
Apenas nesta quarta-feira foram queimados 11 carros, uma van e cinco ônibus até às 16h40. De acordo com o coronel, a Vila Cruzeiro foi o local mais crítico nesta quarta-feira.
Ainda segundo a polícia, já foram realizadas 13 operações em 27 comunidades com mais de mil homens em seu contingente. E, conforme palavras do oficial, as incursões e ocupações continuarão e serão mais incisivas, se necessário.
- Vamos ficar o tempo que for necessário, com a capacidade máxima. Temos a condição de aumentar a nossa capacidade. Eles não têm capacidade de repor homens, armamento e munição. Se tivermos que acabarmos com as férias dos policiais ou solicitar ajuda a um órgão externo assim o faremos. No momento, não é necessário. Nós não começamos essa guerra. Só vamos sair dela vitoriosos.
A PM informou que continuará de prontidão, com um efetivo de 17.500 policiais trabalhando. Mais de mil homens trabalham na operação de incursão nas comunidades. O Bope (Batalhão de Operações Especiais) continuará na Vila Cruzeiro, inclusive à noite.
Os locais onde ocorreram mais problemas foram Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e na Vila Cruzeiro. Em Belford Roxo, pelo menos oito pessoas morreram em operações nas localidades da Guaxa e do Jardim Floresta.
Na Vila Cruzeiro, pelo menos quatro moradores morreram atingidos por balas perdidas, entre eles uma adolescente de 14 anos, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. Ao menos dez pessoas ficaram feridas.
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