Os três integrantes da equipe econômica da presidente eleita, Dilma Rousseff, foram apresentados nesta quarta-feira (24) em Brasília. Como já havia sido antecipado, Guido Mantega foi convidado para permanecer no Ministério da Fazenda.
A secretária-executiva do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, será a nova ministra do Planejamento, e o atual diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, foi indicado para assumir a presidência da entidade.
Mantega, que está no governo desde 2003, disse que a nova gestão manterá o compromisso com a criação de novos empregos no país.
- O Brasil hoje é um dos países que mais gera empregos no mundo. Nos próximos quatro anos, vamos continuar gerando um grande volume de empregos e diminuindo as desigualdades e combatendo a miséria.
De acordo com o ministro, o governo teve que gastar mais nos últimos anos devido às políticas contra a crise financeira internacional, mas agora é hora de economizar e incentivar para que o investimento venha do setor privado.
- Agora que a economia superou a crise é momento de reduzir gastos do governo (...). Temos que reduzir os gastos para abrir mais espaço de demanda e de gasto do setor privado. 2011 será um ano de consolidação fiscal com contenção de despesas de custeio para aumentar poupança publica e investimento.
Tombini, que substitui o atual presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o compromisso com o Brasil é o de continuar a cumprir as metas de inflação - atualmente em 4,5%, podendo oscilar dois pontos para cima ou para baixo.
- O regime de metas é simplificado e de fácil entendimento da população e combina três pilares: transparência, comunicação com a sociedade e prestação de contas. A meta é de 4,5%. Esse regime tem sido fundamental ao longo dos anos e foi testado por várias crises e vem funcionando como guia das ações da estabilidade monetária e com o objetivo de garantir o poder de compras da população.
Miriam Belchior, que além de ministra do Planejamento continuará à frente do PAC, afirmou que pretende ampliar a participação dos investimentos públicos no PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país).
- O PAC vai sim para o Ministério do Planejamento, assim como uma parte da coordenação do governo. Estou no meio das ações para fechar o balanço do PAC 1, então ainda não cheguei a conversar mais detalhadamente sobre isso com o ministro Paulo Bernardo.
Questionada se um aumento na participação dos investimentos no PIB não acarretaria em um desequilíbrio nas contas públicas, Miriam Belchior recorreu ao que chamou de tripé do planejamento: melhoria do gasto público, da gestão pública e um planejamento melhor das ações de governo.
- Temos de enfrentar essa disparidade entre recurso disponível e necessário. Vamos reavaliar todos os gastos de custeio importantes para que possamos potencializar sua utilização. É possível fazer mais com menos e é isso que vamos perseguir nos próximos quatro anos.
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