quarta-feira, 5 de março de 2008

Queda do desemprego é menor entre as mulheres

Setores dominados por homens, como construção, contrataram mais.Elas também perderam participação no mercado de trabalho em 2007.

As mulheres foram menos beneficiadas pela melhora do mercado de trabalho em 2007 do que os trabalhadores do sexo masculino. Segundo dados do Dieese e do Seade, o desemprego masculino caiu em um ritmo mais rápido em cinco das seis maiores regiões metropolitanas do país. A exceção foi o Recife, onde as taxas tiveram uma variação praticamente idêntica. Na grande São Paulo, a diferença entre as duas taxas é a maior dos últimos 19 anos. Na população feminina, o desemprego é hoje de 17,8%. Já entre os homens, chegou a 12,3%. Esse comportamento se deve à expansão mais forte do emprego em setores como a construção civil e a indústria, que empregam mais homens. “São nichos masculinos, em que a mulher tem mais dificuldade de entrar”, diz a pesquisadora do Seade Márcia Guerra. Em 2005 e 2006, por exemplo, cerca de 60% dos empregos criados ficaram com as mulheres. Em 2007, elas ficaram com apenas 30% das vagas.

-Desemprego

Apesar do aumento da diferença entre os trabalhadores dos dois sexos, o desemprego entre as mulheres atingiu o menor nível desde 1997 na região metropolitana de São Paulo. Além disso, elas continuaram representando a maioria dos trabalhadores (55,1%), embora essa participação tenha caído em relação a 2006 (55,4%), depois de dez anos de crescimento e dois de estabilidade. A queda do desemprego entre as mulheres não se deve apenas ao aumento do número de vagas. “O desemprego entre as mulheres diminuiu também porque muitas saíram do mercado de trabalho”, diz a pesquisadora do Seade.

Isso aconteceu principalmente entre as mulheres menores de 18 anos. Segundo o Seade, a pesquisa mostra que há uma queda no número de trabalhadoras dessa idade que moram com os pais. Por outro lado, aumento o número de mulheres com idade entre 40 e 49 anos no mercado de trabalho, a maioria delas casadas.

-Desigualdades

As mulheres também continuam em desvantagem em relação aos salários. Segundo a pesquisa, o rendimento médio por hora das trabalhadoras corresponde a 74,6% do que ganham os homens no Distrito Federal (maior diferença) e a 84,3% no Recife (menor desigualdade). “A desigualdade no mercado de trabalho continua existindo. A diferença de rendimento se mantém, a jornada de trabalho da mulher é menor e ela tem menor participação nos quadros de direção”, diz Cecília Comegno, do Seade.

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