Frevo e muita animação vão marcar as comemorações do aniversário das cidades pernambucanas Recife e Olinda. Nesta quarta-feira (12), Recife irá comemorar 471 anos e Olinda, 473 anos. Apesar de celebrarem juntas, as cidades não foram fundadas na mesma data, nem com exatos dois anos de diferença.
O historiador Leonardo Dantas Silva disse que a data de 12 de março é uma convenção, baseada no mais antigo documento histórico que menciona a existência do Recife e de Olinda, a Carta Foral. O documento foi escrito em 1537, por Duarte Coelho, e descrevia as duas cidades.
“Nos anos 70 do século passado, um grupo de historiadores chega à conclusão que, por terem a mesma ‘certidão de existência histórica’, as cidades de Olinda e Recife tinham surgido ao mesmo tempo, o que não é verdade na prática. Mais tarde, Olinda retorna sua fundação ao ano da chegada de Coelho ao Brasil, que foi dois anos antes de escrever a Carta Foral, por isso a diferença de dois anos na data instituída para a comemoração”, diz.
Recife

Olinda

O roteiro das comemorações na cidade de Olinda promete muita música. A partir das 15h desta quarta-feira, agremiações carnavalescas farão um cortejo pelo Sítio Histórico com destino ao Alto da Sé. Mais tarde, às 17h, um bolo de aniversário com 200kg será cortado e distribuído aos presentes. O público vai conferir, ainda no fim da tarde, em frente à sede da Escola de Samba Preto Velho, na Sé, a apresentação de Rogerman e Bonsucesso Samba Clube. O aniversário da cidade também contará com a abertura de duas exposições. A primeira, na galeria de arte do Mercado da Ribeira, reúne o acervo do artista plástico Marcílio Fernandes. A mostra começa às 19h e fica aberta ao público durante um mês, de segunda a segunda, das 9h às 17h. A segunda exposição marca a reinauguração do acervo do Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC) e traz a mostra Sete luas de sangue, da artista plástica Tereza Costa Rêgo. A exposição será aberta às 19h30 e permanece no MAC por quatro meses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário