sexta-feira, 21 de março de 2008

Itabuna (BA) ► Mototaxistas são acusados de causar transtornos

no centro comercial de Itabuna, onde os comerciantes reclamam principalmente do desrespeito ao espaço, pois é comum a ocupação de calçadas e pontos de ônibus pelos mototáxis.

A relação entre mototaxistas, comerciantes, comerciários e taxistas que trabalham no local está cada vez mais difícil. Eles afirmam que os mototaxistas tumultuam o trânsito, desrespeitam as leis, invadem o espaço dos outros.

Os pedestres também reclamam e exigem providências. A comerciária Ana Lúcia Santos disse que “estes homens não respeitam ninguém e por pelo menos três vezes quase fui atropelada em cima da calçada. Até onde sei, a calçada é o espaço para o pedestre”. Queixa parecida é feita pelo comerciário José Carlos Pereira. “Eu já fui atingido por uma moto e quase todos que pegam ônibus neste ponto também (em frente à Lanchonete Flor do Cacau). Os mototaxistas só faltam nos tirar da escada do ônibus. É um absurdo”.

Um comerciante, que prefere não se identificar por receio de represália, disse que a situação é quase insuportável. “A prefeitura não se manifesta, os órgãos que cuidam do trânsito também não e a bagunça é generalizada”. “Quem sai prejudicado é o comerciante que, muitas vezes, perde o cliente por não ter espaço nem para estacionar”. Muitos motoqueiros são acusados de ser “aviões do tráfico” (quem leva a droga do traficante ao comprador). “Não são todos, nós sabemos, mas existem muitos casos. A polícia precisa adotar providências urgentes. É um risco à sociedade a permanência deles aqui”, conta um comerciário.

►Sem Fiscais
O diretor da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Settran), Gilson Nascimento, esclareceu que “não tem agente de trânsito suficiente para manter apenas naquele ponto”. E que blitzen são feitas no local. Porém, ao terminar, eles retornam. O comandante da 3ª Companhia da PM, tenente Carlos Araújo, disse que “blitzen serão realizadas com mais freqüência em toda a área do Centro Comercial”. Ele acredita que, com a instalação da nova sede, os trabalhos serão facilitados.

Outro fator que irrita os comerciantes do local são as barracas instaladas sem nenhum critério ou normas de higiene. “A entrada da cidade, que devia ser apresentável, é uma verdadeira favela. O que vemos são barracas horríveis espalhadas pelo Centro Comercial. Faz vergonha receber os visitantes”, desabafa um empresário

Um comerciante do ramo de auto-peças afirma que já foram feitos diversos contatos com a prefeitura. “Espero que, com a chegada do novo módulo da PM, os órgãos competentes se mobilizem e retirem daqui essa favela”. “Todo mundo vive muito chateado com este descaso. Não somos a favor de acabar com as barracas, mas de colocá-las em pontos estratégicos”. A dona-de-casa Maria do Carmo Pereira, que vai ao Centro Comercial com freqüência, disse que preferia ver o local limpo.

Ela questionou as barracas que vendem lanches sem pia com torneira para lavar as mãos. “Se precisar ir ao banheiro, como fica? Tudo isso tem que ser avaliado pela prefeitura”. A estudante Poliana Almeida, que toma o ônibus todo dia no ponto central, disse que a situação “é difícil, a começar pelo ‘assédio’ dos mototaxistas aos passageiros de ônibus, depois pelas barracas na frente do maior centro de abastecimento da cidade”.

Gabriel Alves, que é de Ilhéus e usa o terminal rodoviário diariamente, dispara: “aqui não é muito diferente de Ilhéus. O descaso é total. Eles não se preocupam em arrumar a cidade para receber bem os visitantes”. Itabuna é o maior pólo comercial da região sul da Bahia, por isso, recebe diariamente milhares de pessoas que compram, estudam, resolvem situações burocráticas no fórum, SAC, delegacias, Detran e outros departamentos. Mais as que vêm em busca do lazer.

Por: Jornal A Região

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