
A maior diferença, detectada no número de matrículas, ocorre com alunos na adolescência. Entre os estudantes de 15 anos, por exemplo, a taxa de matrícula entre os beneficiados é de 95%. O índice cai para 90% entre os filhos que não participam do programa.
À medida que o adolescente cresce, porém, a evasão da escola vai aumentando na mesma proporção. Na fase infantil (7 a 14 anos), as matrículas passam dos 95%, tanto entre crianças de famílias atendidas quanto não atendidas pelo Bolsa Família.
Outro dado mostra que a progressão escolar entre os beneficiados é 6 pontos percentuais maior que os não atendidos, destacou o pesquisador John Hoddinott, que participou do levantamento.
- É um reflexo de que menos crianças estão evadindo [da escola] e repetindo [de ano]. [Elas] estão sendo retidas na escola.
Ele ressalvou que o dado não mede a qualidade do aprendizado, que precisaria de outras pesquisas para ser aferido. O estudo também não dá conta de detectar se os adolescentes atendidos pelo programa saíram da escola com mais qualificação e empregos melhores que os outros.
Na saúde, o estudo também identificou melhoras entre os filhos dos beneficiados. As gestantes do Bolsa Família, por exemplo, fizeram 1,5 mais visitas de pré-natal que as que não são beneficiadas. Além disso, a participação no programa aumentou em 15 pontos percentuais a chance de uma criança receber todas as seis vacinas necessárias até os seis meses de vida.
Os números integram um estudo apresentado nesta terça-feira (10) pelo ministério e foram levantados por um órgão estrangeiro especiaizado em políticas sociais, o IFPRI (Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares).
Os pesquisadores compararam a situação de famílias beneficiadas e não beneficiadas com renda e moradia similares em 11.433 domicílios em 269 municípios no ano passado.
Um comentário:
como eu fasso pra mim fazer o bolsa familia
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