A candidata à presidência, Dilma Rousseff, disse hoje que a segunda edição do programa Minha Casa Minha Vida, que prevê a construção de 2 milhões de habitações a partir de 2011, deverá incluir, também, a compra de eletrodomésticos e móveis básicos. Segundo ela, 98% do déficit habitacional estão concentrados na população de baixa de renda.
“Isso pode ser bastante acessível, porque vamos comprar em grande escala. Você veja o que é isso em dois milhões de moradia, por quanto sairá a unidade?”, disse hoje a candidata em entrevista coletiva antes da gravação do programa eleitoral que será exibido na TV.
Dilma ressaltou que todos os imóveis do Minha Casa Minha Vida adquiridos pelas pessoas com renda de até 3 salários mínimos terão aquecimento solar já incluído no preço. “O custo disso hoje é muito pequeno se você considerar o universo de dois milhões de casas previstas a partir de 2011”, afirmou.
Segundo ela, a instalação de aquecimento solar nas residências havia sido opcional na primeira edição do programa para evitar a especulação do preço dos equipamentos. “A utilização do aquecimento térmico-solar vai reduzir o gasto com energia elétrica. Vai pagar só no momento em que estiver muito nublado e o aquecedor solar não agüentar sozinho. A gente calcula uma redução muito drástica na conta de luz”, destacou.
Casa própria
A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando disse ainda que estão previstos investimentos de R$ 71 milhões por ano no Minha Casa Minha Vida entre 2011 e 2014. Uma das ações do programa prioriza o atendimento às famílias que ganham até 6 salários mínimo e, para Dilma, não têm condições de arcar com o preço de mercado de um imóvel no valor de R$ 40 mil.
Segundo Dilma, o governo federal eliminou o seguro obrigatório que incidia sobre as prestações para reduzir seus valores e criou um fundo garantidor para assegurar risco mínimo para quem assume a construção do imóvel.
Outra ação do programa habitacional do governo é voltada para classe média, acrescentou a candidata. Para este segmento da sociedade, segundo Dilma, a previsão de investimento é de R$ 44 bilhões por ano. “É um investimento no financiamento para aquisição, melhoria e reforma da casa. Aí afeta da classe C à classe alta”, explicou.
Segundo a candidata, os recursos para financiar a compra de imóveis pela classe média subiram de R$ 1,7 bilhão em 2002 para R$ 44 bilhões em 2009. “Até junho deste ano, a Caixa Econômica liberou, segundo seu balanço, R$ 28,8 bilhões”, disse.
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