Foi proibida nesta segunda-feira (8) a liberação de alvarás para a realização de raves e festas eletrônicas que durem mais de dez horas em locais públicos de São José Rio Preto, a 438 km de São Paulo. A decisão do prefeito do município, Waldomiro Lopes, foi tomada um dia após o Fantástico mostrar jovens consumindo drogas numa festa desse tipo no recinto de exposições da cidade.
Para conseguir o alvará da prefeitura, o organizador do evento precisa assinar um termo de responsabilidade. Nele, deve ficar clara a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e até a presença deles onde haja o exagero no consumo por pessoas com idade superior a 18 anos.
Além disso, quem promove a festa precisa dedicar 30 segundos a cada hora do evento em campanha de prevenção e combate ao uso de drogas. As cenas na rave realizada no último dia 30 na cidade mostram o contrário. A festa de música eletrônica teve bebidas inclusas no preço do convite.
Por isso, os adolescentes consumiram álcool livremente. Alguns até usaram maconha. O efeito de drogas sintéticas, como ecstasy e LSD, era potencializado quando os jovens andavam em brinquedos montados no parque. Pessoas passaram mal e perderam a consciência.
O organizador disse que é impossível controlar totalmente a documentação e entrada de entorpecentes. O local onde foi realizada a rave é o Recinto de Exposições de Rio Preto, que pertence à prefeitura. Foram pagos R$ 15 mil pelo aluguel do espaço. O dinheiro foi revertido para a manutenção do local.
O governo municipal afirma que todas as exigências para a realização do evento foram cumpridas. Mas a Promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto analisou os documentos e foi contrária à realização da festa por falta de segurança. Mesmo assim, a Justiça autorizou.
A polícia alerta para o perigo das drogas. Os pais devem ficar atentos aos ambientes frequentados pelos filhos. Longe dos adultos, o acesso às drogas é fácil e, muitas vezes, atraente.
A Procuradoria do município vai encaminhar à Secretaria da Fazenda um ofício determinando a suspensão de alvará para a realização de festas com músicas eletrônicas. A Câmara Municipal deve convocar autoridades para discutir a questão e apresentar projeto que proíbe esse tipo de evento em qualquer local de Rio Preto. O presidente da Câmara, Jorge Menezes, diz que ainda não tem a data para a audiência pública.
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