segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Recife (PE) - Serviço de atendimento médico recebe 7 mil trotes por mês.

Das 60 mil ligações que o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) do Recife recebe por mês 7.000 são trotes. A prática tem preocupado os profissionais do Samu, um serviço essencial para pessoas que precisam de atendimento médico. Passar trote é crime, de acordo com o Código Penal Brasileiro. O infrator, ou responsável por ele, paga multa, e pode passar de um mês a três anos preso.

Os atendentes do Samu do Recife, responsável por 2 milhões de pessoas, não têm hora para receber ligações indesejadas. "Geralmente são mais crianças, principalmente no horário da escola. Quando eles têm intervalo ligam muito. Agora adulto também liga. E o que os adultos falam são coisas obscenas”, explica a atendente Vera Lúcia.

Para tentar amenizar o problema, as ligações passam por uma triagem, e em seguida são encaminhadas aos médicos. Mesmo assim, de acordo com levantamento do Samu do Recife, em num único dia até sete ambulâncias são enviadas a ocorrências que simplesmente não existem.

Ainda segundo o Samu, sempre que uma ambulância sai da central são gastos R$ 200 em média. Quando o helicóptero do resgate aéreo, feito em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, levanta vôo para salvar vidas o custo da operação decola para R$ 2 mil.

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