A melhor cidade para se viver no país é São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Mas isso não parece surpreender quem já mora aqui. “A gente já decidiu que daqui a gente não sai de jeito nenhum”, disse Renato Carvalho. O mecânico de aviões tem uma explicação. “Principalmente pela qualidade de vida que a cidade oferece e pela educação dos meus filhos, porque a escola aqui tem nível muito bom”. E a educação é mesmo um dos itens para definir a qualidade de vida de uma cidade.
Há dois anos a Federação das Indústrias do Rio começou um levantamento sobre todos os municípios brasileiros. “Esse índice procura retratar alguns aspectos da qualidade de vida dos moradores de um municípios que é a qualidade, o acesso e a qualidade da educação e alguns aspectos de saúde, atenção básica de saúde, basicamente, e a capacidade de gerar emprego e renda que seriam as grandes vertentes que definem o desenvolvimento de uma localidade”, disse Luciana Sá, diretora da Firjan.
Entre os 100 municípios mais bem classificados, nada menos que 79 têm menos de 300 mil habitantes. No estado do Rio, por exemplo, a cidade que aparece em primeiro lugar é Macaé, com cerca de 200 mil habitantes. A cidade se beneficiou da oferta de empregos com salário alto na indústria do petróleo e também de programas de saúde voltados para mães e filhos. “A mãe recebeu o suprimento e já foi passando através do leite pra ele e ele vem crescendo através disso”, disse Elisama da Silva.
A pesquisa dividiu os municípios brasileiros em quatro categorias: 4,2% foram considerados de alta qualidade; 46,5 % moderada; 47,2% regular e 2,1% de baixa qualidade de vida. Como Santa Luzia, no Sul da Bahia, cidade que recebeu a pior nota de todas. O levantamento é baseado em informações oficiais de três ministérios, repassadas pelas prefeituras.
O estudo desse ano usa dados de 2006. Para um sociólogo, este tipo de pesquisa aponta caminhos para melhorar a vida de todos os brasileiros. “Agora é bom ressalvar que são investimentos de longo prazo. Não é somente retrato de um governo e a população deve cobrar que sejam investimentos que perpassem em vários governos”, disse Cézar Honorato, sociólogo e professor da Uerj.
Jornal Nacional - Tv Globo.
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