quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Política - Em entrevista a rádios, presidente Lula diz que não vê 'crise no PT'.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (20) que não vê "crise no PT". Em entrevista a rádios do Rio Grande do Norte, Lula afirmou achar "normal" a saída da senadora Marina Silva do partido. Ele também elogiou a ex-ministra do Meio Ambiente e disse que a relação que tem com ela não vai mudar.

"Se a pessoa quer sair do partido, não está confortável, eu acho que é um direito da pessoa. Se ela quis fazer uma opção e não quis me procurar para conversar é porque ela está com a opção feita", disse o presidente. " Minha relação com a Marina não muda em absolutamente nada. Eu conheço a Marina há 30 anos, não são 30 dias", acrescentou.

Lula também comentou a declaração do senador Flávio Arns (PT-PR) de que irá deixar o partido. Arns criticou o PT, nesta quarta-feira (19), por ter votado no Conselho de Ética a favor do arquivamento de todas as acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Antes da reunião do conselho, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), emitiu nota pedindo aos senadores do partido que votassem pelo arquivamento das ações.


"O Flávio Arns é um senador que está no primeiro mandato, tem o seu valor, mas sempre foi muito encrencado com o PT. Mas se quiser sair também, sabe? Quem entra sai", disse Lula, que ressaltou considerar que a legenda continua "forte" e com "muitas possibilidades".

Com relação à crise no Senado, o presidente voltou a dizer que não se pode condenar antes de investigar. “Muitas vezes tem muita fumaça e pouco fogo. Às vezes acho que não se pode cometer o erro e fazer prejulgamento das pessoas. A pessoa é condenada por uma manchete, no dia seguinte é absolvida e ninguém fala mais do assunto.”

Liderança

A crise interna do partido pode fazer uma nova vítima: o senador Aloizio Mercadante (SP) anunciou nesta quinta feira, pelo Twitter, que vai deixar a liderança do partido. Na terça-feira (18), Mercadante ameaçou deixar o cargo após tentativa de manobra em favor de Sarney no Conselho de Ética.

Nesta quarta, após o arquivamento das denúncias, ele voltou atrás, em nome da unidade do partido. Nesta quinta, porém, disse que sua decisão é “irrevogável”.

Mercadante havia dito que anunciaria sua saída em pronunciamento no plenário às 15h, mas mudou o tom ao receber telefonema do Palácio do Planalto. "Recebi telefonema do ministro [José] Múcio [Relações Institucionais], avisando que o presidente Lula quer conversar comigo pessoalmente antes do meu pronunciamento", disse Mercadante.

Um comentário:

Ricky Mascarenhas disse...

Excelente, muito bom mesmo, coloquei em meus favoritos, e estarei replicando artigos interessantes
abs

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