terça-feira, 18 de agosto de 2009

Política - Lina diz que Dilma não tentou impedir investigação sobre filho de Sarney.

A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira negou nesta terça-feira (18), durante depoimento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tenha tentado influenciar o resultado das investigações do órgão sobre Fernando
Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Lina, no entanto, manteve a afirmação de que o encontro com a ministra ocorreu, apesar da ministra ter negado desde o início a reunião.

"A ministra me disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade", disse a ex-secretária.

A declaração de Lina foi dada em resposta à pergunta formulada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que questionou se Lina acreditava que o suposto "agilizar" de Dilma tinha o objetivo de livrar Fernando Sarney das investigações ou tinha o mesmo conteúdo da solicitação da Justiça, que também pediu celeridade no caso. Lina afirmou que era, de fato, apenas para dar agilidade.

Lina também disse que interpretou o pedido de Dilma como sendo desnecessário. "Não entendi a razão dessa mentira, achei o pedido incabível, descabido, tava o processo em ação judicial," disse, se referindo à ministra sempre ter negado o encontro e o pedido de "agilizar" a investigação sobre as empresas de Sarney.

Dilma

Lina foi convidada para depor na CCJ para falar sobre o suposto encontro com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no qual a ministra teria pedido para "agilizar" as investigações contra a família Sarney. "Falamos sobre amenidades e, então, ela me perguntou se eu podia agilizar a fiscalização do filho do Sarney", disse ao jornal. Dilma sempre negou o encontro e o pedido.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na polêmica para defender a ministra da Casa Civil. Nesta segunda-feira (17), ele disse que a ex-secretária da Receita Federal tem de apresentar a agenda onde constaria a reunião. "Seria tão mais simples e fácil [provar] o que a secretária diz, que encontrou com a Dilma. Não precisaria nem gastar dinheiro, comprar passagem, ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas [da ministra e da ex-secretária] e ver o que aconteceu", disse Lula.

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