Segundo ela, os números da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) mostram que já há um movimento no Brasil de “redução das desigualdades” e “aumento da classe média”. “Não podemos nos deslumbrar com essa riqueza. O pré-sal pode permitir que antecipemos essa saída da pobreza”, salientou. A ministra voltou a afirmar que o Brasil não pode se tornar um mero exportador de óleo bruto e precisa desenvolver a industria naval e de exploração de petróleo.
“Esse bilhete premiado que é o pré-sal para se transformar em fonte de riqueza tem que evitar algumas coisas, como a maldição do petróleo, ou a doença holandesa, que reside no fato de exportar petróleo bruto e não desenvolver a cadeia de petróleo”, discursou.
Dilma salientou ainda que ainda não há como mensurar o tamanho das reservas brasileiras nos campos do pré-sal. “Ainda não temos ideia de quanto seguramente há de petróleo em termos de bilhões de barris equivalentes de petróleo no pré-sal. Uns, mais pessimistas, falam em 30 bilhões, outros em 50 bilhões e outros até em 100 bilhões de barris. Temos certeza de que há um volume imenso de petróleo que pode levar o Brasil a se transformar em uma grande potência petrolífera do mundo”, afirmou.
Segundo a ministra, o Brasil leva vantagem em relação a países que descobriram grandes reservas de petróleo e não tinham tecnologia de exploração. “Nos desenvolvemos tecnologia de busca de petróleo em águas profundas, não importamos essa tecnologia. Nós estávamos maduros para explorar. É diferente de outros países que descobriram o petróleo em águas ultraprofundas e tiveram que importar tecnologia para explorar”, comentou.
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