Contrariando a orientação da direção nacional do PT de não antecipar o calendário eleitoral estadual, o ministro da Justiça, Tarso Genro, foi indicado, neste domingo (19), como pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul.
O encontro estadual, realizado em Porto Alegre, também aprovou uma tática eleitoral que exclui o PMDB, partido que vem sendo cortejado como parceiro prioritário na disputa à sucessão presidencial, do arco de alianças regional.
"O calendário foi feito pela direção regional a partir da experiência de que a demora na escolha do candidato dificulta a composição das alianças", disse o ministro a jornalistas.
Para Tarso, a definição de sua pré-candidatura e a decisão de não procurar o PMDB para uma composição local não trarão prejuízos à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Na sua opinião, a existência de prováveis palanques distintos não prejudicaria a campanha presidencial no estado.
"Já ocorreu com Lula. Não temos nenhuma objeção a qualquer partido que queira aderir à candidatura de Dilma, mas o palanque do PT aqui é de esquerda e conversa com o centro."
Segundo Tarso, o PMDB é um partido irregular no Brasil e seria um "desrespeito chamá-lo" para a composição local, já que teria um projeto de candidatura presidência própria e estaria envolvido no cerne do governo Yeda Crusius (PSDB).
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