Com uma média de 2,5 mil ocorrências policiais diversas anualmente e nada menos que 482 assassinatos em três anos, Itabuna é hoje o 47° município com maiores taxas de homicídios do país, segundo a Rede de Informação Tecnologia Latino-Americana e dados dos ministérios da Justiça e da Saúde. Um estudo sobre segurança coordenado pelo comandante da Guarda Civil Municipal e assessor do Pacto Municipal Contra Violência, Manoel Cerqueira, lançado quarta-feira (8) em Itabuna, revela que as armas de fogo foram utilizadas em 87% dos casos de morte violenta registrados na cidade.Um dado preocupante revelado no estudo é que o numero de homicídios cresceu 55% no período de 2002, com o registro de 92 homicídios e um total de 143 casos em 2006. Os crimes, segundo Cerqueira, mostram de um lado a banalização da violência e são decorrêntes de conflitos entre vizinhos e até mesmo colegas de trabalho, bem como em funções de brigas em bares e de trânsito.
O estudo do governo municipal mostra ainda que, entre as ocorrências policiais registradas, 32,2% são roubos a transeuntes, seguidos de lesões corporais, em 12,6% dos casos e de roubos a residências em 19,7%. Outros furtos somam 8,4%; seguido de homicídios que representam 6,4%, superado ao roubo de veículos, com 5,5% e aos assaltos a transportes coletivos e trafico de drogas, com 3,9% cada um. Com menor peso na escala da violência aparecem as tentativas de homicídios, que totalizam 2% dos casos; furtos qualificados a escolas, com 1,7% e os estupros, com 0,05% do total.
Manoel Cerqueira observa que Itabuna tem uma população de 210 mil habitantes, mas como pólo regional atende a cerca de 700 mil pessoas, que se deslocam para a cidade em busca de serviços públicos, em especial na área de saúde, bem como para compra no comercio, na indústria e outros serviços, o que agrava os problemas de Segurança Pública.
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