sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eleições 2010 - Minas Gerais deve virar principal ringue na disputa entre Dilma e Serra à Presidência.

Sem o ex-governador Aécio Neves (PSDB) na disputa pela Presidência da República, Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, está órfão. Para especialistas, Aécio é o candidato do coração dos mineiros e fará a diferença no Estado, que deve ficar dividido entre os dois principais candidatos destas eleições: de um lado, a mineira petista Dilma Rousseff, e de outro o candidato apoiado por Aécio, o tucano José Serra. Os dois prometem fazer de Minas o principal ringue da disputa.

Essa densidade eleitoral está com uma ausência de paternidade, nas palavras do cientista político Malco Braga, professor da PUC de Minas: - Há um vácuo em Minas este ano porque o mineiro queria que seu governador fosse o candidato. A princípio, o eleitor não tem identificação nem com Dilma nem com Serra.

A tarefa de conquistar o voto dos mineiros não é nada simples nem para ela nem para ele. O cientista político diz que o fiel da balança é mesmo o ex-governador mineiro, “maior do que o PSDB no Estado”.

Ele afirma que os votos dos 12 milhões de eleitores de Minas só vão parar na urna de Serra se Aécio decidir se engajar de verdade, o que ainda não ficou claro, já que sua pré-candidatura acabou preterida pela do rival paulista. Sem esse esforço, Dilma pode avançar no Estado:
- São dois os apoios que Aécio precisa dar para o sucesso eleitoral de Serra em Minas.

O primeiro é ele mostrar formalmente seu voto aos eleitores. Isso certamente ele fará. O segundo apoio, mais difícil, é colocar sua estrutura partidária em Minas em prol da candidatura Serra, mobilizando prefeitos, vereadores e deputados, o que é mais importante em uma disputa como essa. Aécio comanda mais de 90% dos municípios do Estado.

Esse empenho, diz o analista, não depende apenas da vontade do tucano mineiro porque há outras duas condições para que Aécio se engaje na campanha de Serra:
- Para o segundo apoio, a moeda de troca será muito maior. Vai depender de um acordo com o PSDB, que talvez seja a garantia de que ele será candidato à Presidência nas próximas eleições.

A outra condição depende menos de costura política:
- A adesão de Aécio também vai depender da viabilidade eleitoral de Serra. Se ele não crescer nas pesquisas, a tendência é de que Aécio fique só no apoio formal.

De olho no mesmo filão, a campanha petista faz o que pode para conquistar os eleitores de Aécio. No começo de abril, Dilma chamou de “Dilmasia” ou “Anastadilma” uma chapa fictícia entre ela e o atual governador de Minas e candidato de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB). A petista também visitou o túmulo de Tancredo Neves, avô de Aécio e um dos maiores símbolos do Estado.
O professor critica a estratégia do PT.

Ele diz que Dilma não deve gastar tanto tempo tentando associar sua imagem à de Aécio:
- O que ela precisa fazer é mostrar que também é dela o projeto do governo Lula, que tem 72% de aprovação popular. As raízes mineiras têm muito menos importância para conseguir votos em Minas.

Nesta segunda-feira, tucanos de Minas preparam uma festa para receber Serra em Belo Horizonte. O ato político tenta fazer frente aos boatos de que Aécio - preterido pelo partido para essa disputa - estaria pouco empenhado na eleição do paulista. Com um público estimado em 300 pessoas, o evento recebeu provisoriamente o nome de "Aécio aponta o caminho: Minas é Serra e Anastasia".

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