A mulher de José Serra, Monica Serra, disse que fez um aborto quando estava no exílio com o marido, segundo ex-alunas dela do curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A informação, publicada neste sábado (16) no jornal Folha de S.Paulo, é da colunista Mônica Bergamo.
O candidato tucano diz ser contra o aborto por "valores cristãos", que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias. Esse discurso é questionado por essas mulheres, segundo o jornal.
De acordo com a colunista, a publicação localizou uma ex-aluna de Monica, que confirmou a informação sob a condição de anonimato. Segundo essa professora de dança em Brasília, Monica disse ter feito o aborto por causa da ditadura.
Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher.
A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, mas não obteve retorno.
O jornal relata ainda que, um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo passado (10), a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, outra ex-aluna de Monica, postou uma mensagem em seu Facebook para deixar sua "indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema.
- Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética.
Ela escreveu, segundo a Folha, que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher". A colunista relata outro questionamento de Sheila: "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?"
É bom lembrar que Monica Serra, em ato político na Baixada Fluminense, disse que “ela (Dilma) é a favor de matar criancinhas”.
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