Torcedora do Internacional e do Atlético Mineiro, Dilma Rousseff usou ontem uma imagem do futebol para comentar a atitude dos militantes durante a campanha eleitoral desse ano. A candidata disse que não se comporta como o ex-goleiro chileno, Rojas, que simulou uma contusão na cabeça em 1989 durante um jogo entre Brasil e Chile.
Dilma fez o comentário após ser questionada sobre a atitude do candidato tucano, José Serra, que teria sido atingido por uma bola de papel no Rio de Janeiro e feito exames de ressonância na cabeça para medir a lesão provocada pelo artefato.
“Eu não sou o Rojas para ficar fazendo firula com isso. Hoje eu quase levei uma bomba, sabe aquelas bexigas com água, quase levei uma. Não levei porque, ao contrário do Rojas, eu me esquivei. E uma daqueles cabos que segura as bandeiras também um avulso me acertou a mão. Eu acredito que essa campanha não pode se pautar por níveis de agressão nem por tentativa de se criar factóides”, disse, contando o episódio ocorrido ontem durante carreata em Curitiba.
Hoje, um dos tópicos mais comentados do Twitter é o #serrarojas, numa referência à simulação do goleiro chileno contra o Brasil e a possível encenação do candidato tucano em Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Dilma lembrou ainda que, no seu caso, os jornalistas presenciaram a tentativa de agressão. “Não foi eu que fui lá falar que tinha acontecido. Nem ninguém pode falar que era uma bola de papel”, comentou.
Métodos da direita
Ela alertou ainda que os representantes da direita têm um método no mundo inteiro e que pode estar se repetindo no Brasil.
“Tem um método muito tradicional na política conservadora e de direita, no mundo, que é criar fatos e acusar o lado de lá de violência. Eu não farei isso, não concordo com isso e isso é típico de uma campanha direitista”, disse.
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