A economia brasileira teve crescimento de 2,7% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao quarto trimestre do ano passado, informou nesta terça-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao primeiro trimestre de 2009, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi de 9%. O resultado dessa comparação, segundo o IBGE, é o maior da série histórica da pesquisa, iniciada nestes moldes em 1995.
De acordo com a gerente de contas do IBGE, Rebeca Pallis, o resultado tão forte na relação um ano atrás reflete a base fraca de comparação, já que 2009 foi um ano em que a economia sofreu os efeitos da crise financeira mundial iniciada em 2008. "Este é o trimestre dos recordes positivos porque comparamos com uma base deprimida, que foi o primeiro trimestre de 2009, quando o PIB tinha caído 2,1% e era um recorde de queda", disse a gerente.
Antes dessa medição, o maior resultado trimestral na comparação anual havia sido de 7,5%, registrado no segundo trimestre de 2004.
"A economia como um todo já superou a crise", diz Rebeca. Segundo o Instituto, a alta no PIB brasileiro no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2009, só perdeu para a da China, onde a expansão foi de 11,9%.
Nas duas comparações, foi o desempenho da indústria - em especial a de transformação - que liderou o crescimento da economia brasileira entre janeiro e março deste ano, segundo o IBGE.
"A indústria caiu mais na época da crise e está gerando agora uma recuperação maior também", diz Rebeca Pallis, do IBGE. Segundo ela, além da indústria, outros segmentos foram destaque em crescimento.
"Cresceram acima da média da economia: indústria de transformação, comércio, construcão civil, extrativa mineral e transporte', afirmou Rebeca.
As previsões dos analistas apontavam para um crescimento de até 8% no PIB, na comparação com o mesmo trimestre de 2009; e de 3,5% frente ao trimestre anterior.
Com o resultado do trimestre, a economia acumula expansão de 2,4% nos últimos quatro trimestres, segundo o IBGE.
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