“Sou candidato do avanço”, disse o presidenciável José Serra (PSDB), em resposta ao questionamento de que seria o candidato da continuidade ou da mudança, durante sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira. “Tem muita coisa que ficou para trás saúde, segurança e educação”, afirmou. Participante da sabatina anterior, a candidata Marina Silva (PV) afirmou que o presidente Lula precisa de um sucessor, não de um continuador ou de um opositor, em referência à petista Dilma Rousseff e a Serra.
Apesar de tentar evitar a postura de opositor, Serra partiu para cima de Lula em seguida, dizendo que “antes de ser presidente, ele e o PT chamavam o programa [Bolsa Família] de Bolsa Esmola”. A afirmação foi resposta a um levantamento de críticas do tucano e outros membros da legenda ao programa do governo federal, que, segundo Serra, será mantido por ele se eleito. “Usar como manipulação política não implica que o programa deva ser extinto”, disse. “Alguém aqui acha q vou acabar com o bolsa-família? Claro que não.”
Serra reiterou que Dilma deveria se desculpar e demitir suspeitos de participarem de suposto dossiê contra ele. "Por que a Receita vai quebrar o sigilo de alguém e fazer vazar isso à toa? Não é à toa", disse. “Eu acho que, diante das evidências, caberia uma medida mais dramática: como reconhecer, afastar as pessoas suspeitas.”
Chapa presidencial
Sobre a escolha de um vice na chapa presidencial tucana, Serra disse que será definida no final deste mês. "Eu também tenho uma enorme curiosidade. Até o fim do mês resolve. Essa não tem sido uma questão estressante para mim, nem para grande parte do PSDB".
Após o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), recusar o pedido de Serra para se tornar vice, o partido se divide entre nomes como os senadores tucanos Sérgio Guerra, Tasso Jereissati e Álvaro Dias, além do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA).
O tucano disse também que ainda tem esperanças de ter o PP na coligação partidária. “Ainda tem até o fim do mês. PP tem alianças com o PSDB no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Minas Gerais... O Brasil é heterogêneo, os partidos também são. Nós estamos trabalhando”, disse. O partido de Paulo Maluf flertou com Serra, mas agora indica que ficará neutro na disputa.
Ficha Limpa
José Serra criticou nesta segunda-feira a cassação dos ex-governadores Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba. "É um absurdo. O Jackson foi cassado porque o governador o apoiava e ele foi numa solenidade em que o governador disse não sei o quê".
Aliados políticos do Serra, os dois políticos, cassados por abuso de poder político em 2009, podem ser impedidos de concorrer às eleições de outubro devido à aplicação da Lei Ficha Limpa neste ano, o que causa apreensão nos tucanos. Serra disse que o julgamento da inelegibilidade dos pré-candidatos deve ser concluído rapidamente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), “senão vai ser uma grande confusão no país”.
Um comentário:
Falar é fácil,eu quero ver fazer o que diz!!!
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