O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta quinta-feira (3) que vai interpelar judicialmente o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, para que confirme a declaração na qual ele atribui à pré-candidata petista, Dilma Rousseff, a responsabilidade pela confecção de um suposto dossiê contra ele.
“Ele acusou a Dilma. Primeiro vamos interpelar para ver se ele confirma o que disse. A partir dessa confirmação, teremos margem para um processo”, afirmou Dutra.
O presidente petista prometeu protocolar a interpelação nesta sexta-feira (4). Dutra tomou a decisão nesta quinta, depois de conversar com o secretário-geral do partido, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), e ainda anunciou a medida pelo Twitter. "Decidimos interpelar o Serra judicialmente, pelas suas acusações a Dilma e ao PT sobre o tal dossiê. Quem não deve, não teme", escreveu Dutra.
Declarações
Nesta quarta-feira (2), Serra disse que Dilma e o PT tinham que dar explicações sobre o suposto dossiê. "O PT tem uma longa tradição nesta matéria", disse Serra a jornalistas durante evento na Associação Comercial de São Paulo. "A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff. Disso eu não tenho dúvida", acrescentou o ex-governador.
Reportagem publicada na última edição da revista Veja relata que um grupo dentro da campanha petista teria ensaiado a produção de um suposto dossiê, cujo alvo principal seria a filha de Serra, Verônica.
Serra acusou ainda o senador Aloizio Mercadante de ter sido responsável por um dossiê da campanha de 2006 em que ambos disputavam o governo do Estado. Mercadante concorre novamente ao mesmo posto na eleição deste ano.
O pré-candidato tucano acusou o ex-presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), por relatórios similares na eleição de 2002. "Então caberá a eles explicarem o que aconteceu", disse Serra.
Dilma
Ainda na quarta, Dilma rejeitou a acusação de ter responsabilidade sobre o suposto dossiê e rebateu as declarações do tucano.
"Nós não aceitamos este tipo de acusação. Não vou discutir mais, não é algo que seja da minha função fazer", afirmou em Goiânia, em entrevista à TV Anhanguera.
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