O empresário Eduardo Abdelnur, um dos sócios e neto do fundador da Toalhas São Carlos, foi encontrado morto com um tiro no peito, por volta das 10h desta terça-feira, em seu escritório na empresa. A companhia fabrica roupas de banho desde a década de 40.
O corpo do empresário, de 47 anos, está no Instituto Médico Legal (IML) de São Carlos (a 232 km de São Paulo). O boletim de ocorrência foi registrado como "morte a esclarecer".
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Addelnur foi atingido no tórax enquanto estava sentado em uma cadeira. O empresário chegou às 7h33 para trabalhar e às 10h10 foi encontrado morto por funcionários que o procuraram para uma reunião.
No local foram apreendidos um celular, um projétil calibre 38 e um formulário de autorização para saída de veículos do prédio da empresa.
Abdelnur era também diretor do Departamento de Ações Regionais da Fiesp - Federação das Indústria dos Estado de São Paulo. Ele foi um dos maiores apoiadores da eleição de Paulo Skaf, atual presidente da Federação.
Embora a arma do crime ainda não tenha sido encontrada, a polícia trabalha com duas hipóteses: suicídio e homicídio. O laudo da perícia deve ficar pronto em 20 dias.
Desde o dia 3 de novembro, a Toalhas São Carlos passa por um processo de recuperação judicial em decorrência do déficit gerado pelo acúmulo de dívidas com bancos e fornecedores. O pedido já foi deferido por Paulo Cesar Scanavez, juiz da 2ª vara cível de São Carlos. O valor da dívida deve ser apurado em dois meses. "A empresa passa por uma crise de liquidez, já que seu maior mercado era a Europa e com a crise de 2008 o número de clientes diminuiu drasticamente", disse à Época NEGÓCIOS o advogado Willian de Araújo Hernandez, responsável pelo processo de recuperação da empresa.
Por causa da situação financeira, 172 funcionários foram demitidos, o que ocasionou o fim das atividades do terceiro turno. Em nota, a empresa lamentou a morte do empresário.
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