A promotora de Justiça Thiara Ruscioelli pediu nesta quinta o afastamento e a indisponibilidade de bens do presidente da Câmara de Itabuna, Clóvis Loiola (PPS), e dos vereadores Roberto Souza (PR) e Ricardo Bacelar (PSB).
A representante do Ministério Público Estadual pediu ainda a indisponibilidade dos bens dos ex-ocupantes de cargos comissionados Kleber Ferreira da Silva, Eduardo Freire Menezes e Alisson Cerqueira Rodrigues.
A promotora iniciou a apuração quando recebeu o relatório da Comissão Especial de Inquérito da Câmara. Foi apurado que uma grande soma foi desviado através de licitação fraudulenta, empréstimos consignados e contratação indevida.
Thiara Ruscioelli também pediu a indisponibilidade de bens das empresas Mosaico Fábrica de Resultado, Vilma Sueli Monteiro Gomes, DMS Serviços de Portaria e Robson Nascimento da Silva.
A promotora constatou que a Câmara Municipal realizou licitação em janeiro deste ano para a prestação de serviço publicitário, na qual a Mosaico foi vencedora. O valor do contrato foi de R$ 47.000 por mês.
Foi feito um acordo para que a empresa ficasse com R$ 7 mil a título de comissão e devolvesse R$ 40 mil fracionados em cheques entregues para a Câmara pagar os órgãos de imprensa. A Mosaico funcionou como mera fonte pagadora.
De acordo com depoimentos ao Ministério Público, os valores dos cheques compensados eram entregues ao presidente da Câmara, com mensalidades que variavam entre R$ 9 mil e R$ 12 mil.
Para a promotora, os demais vereadores e servidores participavam diretamente das fraudes ou tinham conhecimento sobre o que ocorria e se omitiam.
Na ação enviada à justiça, Thiara Ruscioellli afirma que o afastamento de Loiola é necessário para evitar o sumiço de possíveis provas.
Ela afirma que no dia 23 de agosto foi registrado Boletim de Ocorrência de uma invasão das dependências da Câmara. Depois, descobriu-se que pessoas ligadas a Clóvis Loiola saíram carregando pacotes com possíveis provas contra ele.
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