Após temporal, São José do Rio Preto tem 40% dos bairros sem água.

O temporal que atingiu a cidade de São José do Rio Preto, a 438 quilômetros de São Paulo, na madrugada de segunda-feira (18) atingiu as bombas da estação de tratamento de água que abastece o município, deixando 40% dos bairros sem água. A prefeitura da cidade decretou estado de calamidade pública após as chuvas, consideradas as piores dos últimos 12 anos. Duas pessoas morreram afogadas.

“Tudo o que é abastecido pela estação de tratamento de água está afetado, não tem água. Então a gente pede à população, hoje nós não pedimos que a população racionalize o uso, mas que racione mesmo, porque nós não temos água”, disse o superintendente do Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) da cidade, Antônio Ranzani.

Na manhã desta terça-feira (19) voltou a chover, mas sem causar transtornos. A previsão que é de que durante a tarde possa haver novas pancadas de chuva. Na segunda, avenidas ficaram alagadas, pontes foram levadas, e a represa que abastece a cidade transbordou. Na Avenida Bady Bassit, ma das principais da cidade, apesar do trabalho de recuperação feito pela prefeitura, ainda há muita lama nas ruas e calçadas – algumas delas foram destruídas. A estimativa é que sejam necessários R$ 40 milhões para consertar os estragos. Em três horas choveu o equivalente a metade do total esperado para o mês inteiro.

Mortos

Um aposentado morreu após ficar preso dentro do carro arrastado pela enxurrada. O bombeiro Luciano Rodrigues de Sousa, de 24 anos, foi levado pela água enquanto tentava resgatar uma mulher em cima de um carro. Um cinegrafista amador registrou o momento em que os colegas tentavam reanimá-lo, mas ele morreu no hospital.