Até para se proteger contra as picadas do inseto tem sido difícil. Em algumas farmácias, acabou o estoque de repelente infantil.
“Não fica um na prateleira. É vendido em questão de segundos”, diz a balconista Marcela Amaral.
O medo é tanto que há muita gente fazendo exames de sangue antes mesmo de procurar um hospital. Basta a suspeita da doença. Com isso, o número de exames nos laboratórios aumentou 60% em fevereiro. “Eu vim comprovar para ver se realmente elas estão com a dengue. Inclusive eu fiquei internada com a dengue também”, diz a comerciante Geísa Amaral. Em todos os hospitais que atendem pacientes com suspeita de dengue, a situação se repete e, principalmente, à noite: filas imensas, esperas intermináveis. Até serem atendidas pelo único médico de plantão numa clínica, todas as pessoas vão esperar no mínimo, de cinco a seis horas.
“Cada dia que passa meu filho fica mais debilitado”, lamenta uma mulher diante do filho internado. No maior hospital da região, uma nova ala foi aberta para atender pacientes de dengue. Os vinte leitos infantis ainda não foram ocupados porque faltam pediatras. Em outro hospital, as folgas foram suspensas, os médicos estendem o plantão e não adianta.
“Além dos profissionais de saúde - nós já temos uma escala e o número é restrito – nós estamos utilizando o trabalho dos médicos residentes e dos estagiários de medicina”, afirma um funcionário. Só este ano já são 2690 casos de dengue em Itabuna. Quatro pessoas morreram. Outras quatro mortes estão sendo investigadas. A Secretaria de Saúde de Itabuna informou que serão contratados 51 médicos em regime de urgência, para melhorar o atendimento.
Jornal Nacional - Tv Globo.
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