Penúltimo a discursar, Serra afirmou sem citar o nome de sua adversária na disputa presidencial que um governo “não é curso de madureza [curso lançado nos anos 60 que foi transformado no supletivo]". Dilma é criticada pela oposição por nunca ter disputado uma eleição.
Antes de Serra, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), pré-candidato ao Senado na chapa de Alckmin, disse que “não é hora de improvisar”. “Não se pode colocar na Presidência alguém que pode ser boa pessoa mas não tem experiência, não passou por nenhuma eleição. O alpinismo não começa pela maior montanha do mundo, mas pela menor”, disse o peemedebista.
Em outra crítica ao PT, Serra afirmou que é importante “não governar para um partido, nem para dois ou três”. Ele afirmou ainda que “nossa luta não é para fortalecer um partido, mas para fortalecer um país”. “Não demonizamos a oposição, não praticamos a truculência, não organizamos dossiês. Tratamos a oposição como uma força que tem legitimidade”, disse.
Utilizando o slogan “o Brasil pode mais”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou diversas vezes que o PSDB governará com "decência". “Vamos assegurar um caminho para o futuro ou então sabe Deus que caminho vamos ter com a inexperiência que vem pela frente, com esse passado tão cheio de compromisso com o que há de pior em matéria de falta de civilidade.”
FHC disse ainda que “eles falam, nós fazemos” e criticou o discurso do governo federal sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais vitrines da gestão Lula e da pré-campanha de Dilma. “Não é só ficar falando PAC, PAC, PAC e não acontece nada. É só projeto.”
Ele citou ainda realizações de tucanos e aliados, como Mário Covas, Quércia e Alckmin, em São Paulo. “Basta ver a marginal, o Rodanel e quantas linhas de metrô. O Brasil precisa fazer isso com lisura, sem parecer ‘moleque’, sem falsos leilões, sem interrupções.”
Alckmin evitou ataques duros aos adversários. A maior crítica foi feita quando ele relatava que senta o apoio e a confiança dos eleitores. “Sinto que essa confiança não é fabricada por propaganda de televisão, promessas, planos mirabolantes de melhorar tudo para todos de uma hora para outra, como se para isso bastasse um gesto mágico, uma varinha de condão.”
Pré-candidato ao Senado na chapa de Alckmin, o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes, pregou um voto antipetista. “Com Serra, colocaremos fim ao ciclo petista na Presidência da República. Chega, basta. É preciso arejar”, disse.
No evento, tucanos e aliados procuraram destacar a liderança feminina na política. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), citou Lu Alckmin, mulher de Alckmin, e a vice-prefeita de São Paulo, Aldo Marco Antônio, para afagar o público feminino. “Vamos mostrar que as mulheres têm sido fundamentais nessa jornada”, disse Kassab.
O prefeito, que derrotou Alckmin nas eleições de 2008 para a Prefeitura de São Paulo, fez elogios ao ex-adversário, a quem chamou de “homem sério e preparado”. “Alckmin, sempre estivemos a seu lado. Você conseguirá se superar fazendo um governo melhor do que fez.”
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