O governador da Bahia e pré-candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT), criticou a pré-candidatura do ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), ao Estado. “Eu concordo com você que é o caso mais anômalo desse processo todo”, respondeu ao jornalista Fernando Mitre, que destacou a existência de dois palanques na disputa pelo governo baiano. Jaques Wagner participou de entrevista no programa Canal Livre, que foi ao ar na noite deste domingo (23) na Band.
Wagner ainda afirmou que a legitimidade de concorrer ao governo é sua. “A legitimidade é minha, mas o PMDB resolveu romper”. E cutucou o ex-ministro afirmando que ele só conseguiu o cargo por recomendação de seu governo. “O ministro baiano virou ministro, modestíssima parte, por recomendação nossa. Porque, evidentemente, ele passou quatro anos batendo no presidente Lula”, disse.
Por fim, o governador baiano disse que o duplo palanque não irá confundir o eleitorado, já que os projetos defendidos pelos dois pré-candidatos serão distintos. “Minha identidade com o projeto do presidente Lula é infinitamente menor do que do candidato do PMDB.” “Eu defendo do projeto político é a minha cara. Esse projeto, acho que não vai criar confusão na cabeça do povo”, opinou.
Wagner defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não remete verba apenas para seus governos aliados e disse que não irá disputar com “ninguém o relacionamento com o presidente”, uma amizade que, segundo ele, já dura 32 anos. “Eu reparei, não é da cabeça do presidente Lula esse trabalho de só servir os amigos. É aí que eu remeti os métodos do ex-ministro do PMDB e atual candidato ao governo à modalidade antiga. Para ele, só se faz trabalho para os amigos, porque ele não traz para a Bahia, ele tenta fazer essa fatura sozinho”, disse.
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