O Brasil aceitou o convite feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para entrar no clube dos países que são credores do Fundo, ou seja, que financiam regularmente as operações da entidade. O anúncio foi feito dia 09/04 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ao aceitar esse convite, o Brasil poderá ser chamado a colocar recursos no Fundo, caso seja necessário. Segundo Mantega, o país poderá contribuir até o limite de US$ 4,5 bilhões, valor proporcional à cota do Brasil no FMI. O dinheiro sairá das reservas internacionais, que hoje são de cerca de US$ 200 bilhões.
“O FMI está convidando o Brasil para fazer parte dos países que são credores. Para nós é importante porque estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso de o Fundo precise para financiar outros países”, disse o ministro.
A transferência dos dinheiro não afeta o nível das reservas, pois será considerada apenas como uma mudança de aplicação desse valor, atualmente empregado em títulos do governo dos EUA, principalmente.Dos 185 países que integram o FMI, 47 são credores. “São países que são avaliados e que demonstram que têm solidez em suas contas externas e têm reservas,” disse Mantega.
Segundo o ministro, não será a primeira vez que o Brasil integra esse grupo. Ele disse que, até 1982, o País fazia parte do grupo de credores do Fundo Monetário Internacional.“É importante porque isso mostra que o Brasil é considerado um país sólido, tem contas sólidas. E em segundo lugar porque vamos estar contribuindo para viabilizar crédito para os países emergentes”, afirmou.
Mantega disse que o envio desses recursos será feito de acordo com as solicitações do Fundo. “Não vamos colocar esse dinheiro agora. Será quando o fundo solicitar.”
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