Deputado federal e prefeito de Itabuna no Sul da Bahia, por dois mandatos, o petista Geraldo Simões tem uma leitura diferente dos encontros e das articulações que podem levar para a base do governo Wagner o novo prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, o Capitão Azevedo (DEM).Segundo ele, não há um alinhamento ou aliança entre Azevedo e Wagner.
- Não tem alinhamento. Wagner recebe a todos os prefeitos, sejam da oposição ou da base aliada. Isso é bem diferente de outros tempos quando, por politicagem, matavam a população de sede.
A cutucada é uma lembrança de quando era prefeito em 1994, e pediu audiência ao então governador Paulo Souto, hoje presidente do DEM e naquela época no antigo PFL do senador Antônio Carlos Magalhães, o falecido ACM.
Prefeito de Itabuna, Geraldo foi a Salvador tentar a liberação de R$ 2 milhões para obras emergenciais na rede de água. Nem foi recebido nem as verbas chegaram. E o município se virou nos trinta para garantir captação emergencial em Castelo Novo, trazendo água, mas salgada tal o estado de seca nos mananciais que abastecem o município.
- Hoje é diferente. Wagner intercedeu e o governo Lula está liberando R$ 60 milhões do PAC para as obras de modernização do abastecimento de água.
Geraldo ainda quebrou um pacto de silêncio quanto ao governo de Capitão Azevedo. Ele prometeu que somente se pronunciaria sobre a gestão do novo prefeito após os seis primeiros meses. O Pimenta quis saber a sua opinião sobre os primeiros dias de Azevedo.
- O governo começou errado, nomeando metade dos secretários de Fernando Gomes, falta programa e o prefeito (Azevedo) é o novo marajá do Brasil (com salário de R$ 18 mil).
O ex-prefeito faz analogia ente o governo de Azevedo e o espinho. “Logo quando nasce, o espinho já mostrava se vai furar. Esse é espinho que não fura (não dá resultado)“.
Fonte: Pimenta na Muqueca.
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