O número de milionários no Brasil cresceu em 2010 tanto quanto o total de grana aplicada por eles. Um levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) feito com bancos, corretoras e outros administradores de fundos mostrou que 6.000 pessoas passaram a fazer parte desse grupo de elite: o total passou de quase 57 mil para 63.224 entre 2009 e 2010.
A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (8), diz que os investimentos nos mais diversos tipos de aplicações financeiras passaram de R$ 371,2 bilhões. Um ano antes, essa grana toda havia ficado em R$ 302 bilhões. Em uma conta simples, dá para dizer que cada milionário tem pouco mais de R$ 5,8 milhões.
Para a Anbima, o crescimento é tão forte que o mercado precisou formar mais profissionais capacitados para administrar os bilhões que os milionários guardam. Hoje, há no país 1.615 pessoas nessa área específica de gestão de fundos de ricos – 234 a mais do que no final de 2009.
A pesquisa mostrou que a aplicação preferida pelos ricaços são os títulos de renda fixa e variável – metade deles coloca seu dinheiro nesse tipo de negócio. Na renda fixa é você quem escolhe quanto vai investir e em quanto tempo vai retirar o dinheiro, sabendo quanto pode levar no final.
Outros 44% dos negócios estão aplicados em fundos de investimento – que funcionam como um “clube de investidores” que juntam sua grana para aplicar juntos no mercado. Funciona mais ou menos assim: quando o fundo ganha, todo mundo divide os rendimentos; quando ele perde, os prejuízos são minimizados entre cada aplicador.
Só 6% dos bilhões dos milionários estão em caixa (isto é, no próprio bolso ou na conta-corrente do investidor), na poupança, em previdência aberta ou em outros investimentos.
Celso Portásio diz que São Paulo concentra mais da metade (55%) dos milionários do país.
- Os mais de 6 mil clientes conquistados pelo segmento no período representam aumento de 11% da carteira ao longo do último ano. Grande parte desses clientes estão concentrados no Estado de São Paulo, mas devem ser considerados os aumentos expressivos que outras regiões tiveram de 2009 para cá. A pesquisa mostrou que o Rio de Janeiro, por exemplo, registrou aumento de mais de R$ 15 bilhões [28,7%] em recursos sob gestão em dezembro de 2010.
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