O segundo foi flagrado em frente ao trevo de Itajuípe e o terceiro próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal. Todos estavam com nível de álcool no sangue superior a 0,3 mg. A Polícia Rodoviária Estadual, que está equipada com quatro bafômetros ativos, ainda não efetuou nenhuma prisão, mas vai realizar operações neste fim de semana. No sábado e domingo, na Rodovia Ilhéus- Itabuna, no trevo do condomínio Ceplus, os policiais vão abordar os motoristas que voltam das cabanas de praia. Também serão realizadas blitzen, a partir do dia 21, em Porto Seguro.
Polêmica
Os comerciantes estão divididos em relação à nova lei, que pode afetar diretamente a venda de bebidas em bares e restaurantes. Já é comum a queda na venda de bebidas em julho, devido ao frio, mas os donos de bar estão sentido diferença no volume. Uma comerciante do Pontalzinho, que prefere não ser identificada, informa que alguns clientes estão conscientes. Segundo ela, alguns grupos que freqüentam o bar já elegeram um membro que vai ficar “só no refrigerante” para deixar os amigos em casa.
Ela acredita que a lei é prejudicial a seu negócio, e conta que outros clientes deixaram de ir ao bar
de carro ou moto, preferindo táxi ou carona. “Mas eles ainda são minoria. Algumas estão se resguardando, bebendo menos. É a consciência de cada pessoa”. Rosana Cláudia, proprietária do Bar Braseiro, no Pontalzinho, tem outro ponto de vista. Ela acredita que as vendas continuam no mesmo volume em seu estabelecimento, e que poucos clientes mudaram o hábito de beber e dirigir.

O que ela notou de diferente foi a presença mais constante de policiais e a diminuição de acidentes na praça. Mototaxista há sete anos, Wanderley Sales de Camargo também não percebeu mudanças significativas no comportamento de seus clientes. Ele compara o volume de prisões efetuadas na cidade com outros lugares do país, como São Paulo. “Mesmo considerando o tamanho das cidades, pouca coisa tem sido feita em Itabuna, onde as pessoas bebem muito”. Wanderley diz que, quanto aos clientes, ainda não apareceram muitos novos adeptos do mototáxi. “O que aconteceu foi a mudança de perfil de alguns clientes, já que alguns que só utilizavam o serviço pra encomendas hoje pedem para ir pra casa depois do bar”.
Os taxistas também não viram grandes mudanças. Embora esperasse um aumento considerável no número de clientes, o motorista Reinaldo Leal afirma que o faturamento é o mesmo de antes. Ele acha que a maioria das pessoas não está dando importância a esta lei devido à fiscalização ainda tímida. “A gente não vê policiais, o uso de bafômetro nas ruas. Eu não vi ninguém sendo abordado ainda”.
Outro taxista, Elival Oliveira, concorda com o colega de profissão, acrescentando que “quando a coisa apertar, a fiscalização aumentar, e os policiais ficarem de olho na movimentação nos bares, a situação vai mudar, as pessoas tomarão mais cuidado”.
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