quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ilha de Itaparica (BA) - Delegado proíbe uso de capacete.

Na cidade onde muitos assaltos vinham sendo praticados por homens de moto usando capacete, cada vez mais motociclistas circulam sem o equipamento de proteção. Eles cumprem uma ordem do delegado de Itaparica. Contrariando o Código Nacional de Trânsito, ele proibiu o uso do capacete quando dois homens estiverem na mesma moto.

‘Vai inibir bastante porque as pessoas vão deixar de fazer os assaltos e até a abordagem das pessoas vai estar mais fácil, para poder abordar, saber quem é quem’, comenta o motociclista Dejailton Santos.

Mas muita gente se recusa a abandonar o capacete. ‘O pessoal de trânsito da polícia, eles geralmente multam no caso de a gente andar. Inclusive, eu já fui vítima, fui multado duas vezes sem capacete’, conta o motociclista Jair Freire.

‘Se o pessoal for multado, tenho que arcar com as despesas, entendeu? Enquanto não for oficializado, se acontecer, eu garanto cobrir, pagar do meu próprio bolso. Aí a responsabilidade é minha’, dispara o delegado José Magalhães.

O delegado José Magalhães, que assumiu o cargo no início do ano com a promessa de reduzir a criminalidade na Ilha, argumenta que nos últimos 15 dias não houve nenhum assalto envolvendo moto em Itaparica. Ele diz também que ainda vai pedir à Justiça para encontrar uma forma de oficializar a medida. O coordenador regional de trânsito, que não abre mão do capacete, diz que a proibição de usar o equipamento é ilegal.

‘É uma medida de segurança que está enquadrada na lei. O correto é andar de capacete. Então, o cidadão deve se basear em andar com capacete’, afirma Edvaldo Barbosa Junior.

Outra polêmica envolve os restaurantes de Itaparica. Agora, os donos têm que informar com antecedência ao delegado quando irão receber grandes grupos de turistas para que a Polícia Civil fique de sobreaviso. Se a determinação for descumprida e os clientes foram vítimas de um arrastão, por exemplo, o dono pode ser responsabilizado criminalmente.

‘Indicio como co-participante. De qualquer maneira, ele cooperou para que aquilo acontecesse’, afirma o delegado.

‘O ladrão, certamente, tem que ser responsabilizado pela ação dele, não sou eu como dono de restaurante, que quero promover o desenvolvimento, sou acometido da ação de vândalos programados para agir, e aí eu vou ter que me responsabilizar? Não, não, não!’, critica o comerciante Milton dos Passos.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública informou que a instituição não apoia as decisões do delegado, e que José Magalhães será convocado pela cúpula da Polícia Civil para dar explicações.

Tv Bahia.

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