sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Rio de Janeiro (RJ) - Imagens flagram crescimento acelerado de favela em área de proteção


Em três dias, mata foi queimada e construção de casas foi iniciada.Prefeitura diz programa de remoção de casas foi incorporada ao PAC.


Imagens feitas na terça-feira (5) de helicóptero mostram a destruição de um pedaço da Mata Atlântica acima da Favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Três dias depois, novo flagrante: as bases de novas casas já estavam sendo construídas. Tanto o desmatamento, quanto a construção acontecem sem qualquer tipo de fiscalização.


A área fica a mais cem metros do mar, o que a classifica como área de preservação ambiental permanente. Caracterizando a queimada, portanto, como um crime.

Destruição da Mata Atlântica
As imagens foram mostradas ao secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc. Ele reconhece que está havendo destruição da Mata Atlântica, mas diz que não há fiscalização imediata prevista para o Pavão-Pavãozinho. Segundo ele, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão resolver o problema a partir de maio. “Nessa área do Pavão-Pavãozinho, o que vamos fazer é garantir a faixa de preservação e a partir do momento que a obra começar, já fazer fiscalização pra impedir que a expansão horizontal destrua o que restou de Mata Atlântica no Rio”, disse Minc.

Novas construções
O que se viu três dias depois da primeira imagem era o começo de construções de novas casas, com fundações para futuras casas, fôrmas de madeira à espera do cimento, alicerces de pelo menos duas novas casas. Lajes em volta do local servem de depósito para material de construção. Um engenheiro da PUC, especialista em solo, vê riscos para os futuros moradores: “A gente vê capa fina de solo. Vê inclinação grande e em época de chuvas fortes que vem agora. O perigoso é o fato de ter casas embaixo. Um deslizamento aí pode afetar as casas embaixo. E não vamos nem falar que as casas estão subindo, ficando maiores, mais pesadas e mais instáveis talvez. O resultado pode ser mais uma tragédia”, disse Alberto Sayão.

Projeto para remover casas
Apesar do flagrante, a prefeitura do Rio também disse que não pretende fazer fiscalização imediata no local, e afirmou que o projeto que tinha para remover casas em área de risco no Pavão-Pavãozinho foi incorporado pelo PAC. De acordo com a Companhia estadual de Habitação (Cehab), seis prédio vão ser construídos na favela para abrigar quem atualmente vive em encostas de risco. A Cehab informou que as famílias já estão sendo cadastradas.

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