sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Feira de Santana (BA) - Médicos do INSS trabalham menos horas por dia.

Uma grave denúncia. Médicos de um posto do INSS de Feira de Santana estão atendendo os segurados durante a metade do tempo recomendado pelo próprio INSS.
Seria uma manobra para cumprir o acordo de produtividade, atingindo o número estabelecido de atendimentos por dia, mas trabalhando menos horas. É o que mostra a reportagem de Madalena Braga.

O soldador Jailson Costa está há sete anos afastado do trabalho por conta de um acidente de carro. Ele já passou por várias perícias no INSS de Feira de Santana e tem queixas de todas as vezes que precisou deste tipo de atendimento.

'Chega lá e só faz olhar para a gente, e não procura saber direito a causa da situação da gente', reclama o soldador.

A manicure Jandira Mourão também reclama. 'Eu acho que, assim, falando mesmo com a gente é de cinco a dez minutos, no máximo, falando com a gente. O resto do tempo é tudo escrevendo', relata a manicure.

Com esse tempo médio de consulta, um médico leva menos de quatro horas para atender 20 pessoas. O problema é que eles ganham para ficar oito horas por dia no posto.

A denúncia foi feita por funcionários do próprio INSS ao Ministério Público Federal.

O servidor Felipe Aquino, um dos autores da denúncia, diz ainda que um dos médicos costuma assinar a folha de ponto de todo o mês antes mesmo de cumprir a escala mensal. 'Nós, inclusive, levamos a folha de ponto de um médico que assinou adiantado. Está na posse do Ministério Público Federal para investigação', diz.

A procuradora pública Bartira Góes, que está cuidando do caso, diz que já verificou e a folha de ponto realmente foi assinada adiantada. Mas, segundo ela, o órgão explicou que os médicos assinaram um acordo para trabalhar não por carga horária, mas por produtividade, se comprometendo a atender 24 pessoas se ganhar por 40 horas.

'Só analisando todos esses dados, só analisando todas as nuances que a gente pode afirmar se é legal ou ilegal, moral ou imoral', afirma a procuradora.

O funcionário do INSS Luís Sales diz que o tempo dedicado a cada consulta não segue a norma do próprio órgão. 'Em determinados casos tem que esperar 30 dias porque o médico não esperou um atendimento que estava dentro do horário dele de serviço', aponta o servidor.

Tv Bahia.

Nenhum comentário:

Rede Social

E-mail: falecom.portalbrasil@gmail.com

MSN Online: portal_brasil@hotmail.com

Twitter: http://twitter.com/Portal_Noticias

Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1174902884802331524